Monday, May 12, 2008

60 ANOS DE ESTADO DE ISRAEL




Pode uma Nação nascer num só dia?

“Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisa semelhante? Pode, acaso, nascer uma terra num só dia? Ou nasce uma nação de uma só vez? Pois Sião, antes que lhe viessem as dores, deu à luz seus filhos”. (Isaías 66:8)

Quem merece receber parabéns pelos sessenta anos do Estado de Israel? De uma maneira geral, muitos são dignos de ser congratulados: o povo de Israel, a Organização das Nações Unidas, o brasileiro Osvaldo Aranha, todos aqueles que participaram daquela histórica assembléia da ONU, que votou pela criação de um Estado soberano para os filhos de Israel, na Terra a eles destinada pelo Senhor. Parabéns, ainda, aos israelenses que continuaram crendo nas promessas do Deus de Israel, mesmo passando por terríveis provações. Todos esses, e muitos outros que não cito agora, merecem ser felicitados.

Apenas três anos após a cruel tentativa de Adolf Hitler exterminar o povo judeu, o Estado de Israel foi estabelecido em 29 de novembro de 1947, naquela votação inédita. Seis meses depois, em 14 de maio de 1948, pela persistência e firmeza dos que criam que aquela terra lhes pertencia, foi fundado o Estado judeu.

Como esse assunto é mais espiritual do que político, as nações árabes se uniram para rejeitar o plano e atacaram a recém criada nação. Foi a Guerra da Independência, vencida heroicamente pelo povo da promessa.

A principal palavra de agradecimento, de louvor, de exaltação e de honras, portanto, deve ser dada ao Fiel e Imutável, Deus Eterno, que fez a promessa a Abraão e a sua posteridade depois dele e, no tempo devido, a nossa geração viu o cumprimento dessa promessa. Deus é fiel e não falha jamais, nem retarda Suas promessas, ainda que alguns a tenham por tardia. (II Pedro 3:9)

A Declaração da Independência de Israel define que esse Estado será baseado na liberdade, justiça e paz, de acordo com as visões dos profetas de Israel; ele vai assegurar completa igualdade de direitos sociais e políticos de todos os habitantes, independente de religião, raça ou sexo; A Declaração diz que o Estado garantirá a liberdade religiosa, de consciência, de linguagem, educação e cultura; garantirá também os lugares santos de todas religiões e será fiel aos princípios da Carta das Nações Unidas.



Diz ainda o seu texto que Israel estenderá a mão a todos os países vizinhos para a construção, juntos, de um futuro de paz e prosperidade na região. Os princípios de direitos humanos e de direitos civis em que se fundamenta essa Carta Magna têm prevalecido garantindo a força da democracia de Israel.

É interessante que se diga que a Resolução 181 da ONU, de novembro de 1947 estipulou o estabelecimento de dois estados na região chamada de Palestina – um judeu e um árabe. Os árabes rejeitaram a Resolução para que não fosse implementada, e cinco países iniciaram uma guerra, que ficou conhecida como Guerra da Independência, antes mesmo da completa retirada das forças britânicas. Em pleno curso dessa guerra, David Ben Gurion, leu a Declaração que estipulava: “o estabelecimento de um Estado Judeu, em Eretz Israel, com o nome de Estado de Israel”. Essa mesma Resolução estabelece a Lei do Retorno, que permite a qualquer judeu, que viva em outras nações, de voltar a sua terra e ali receber cidadania.

Dois povos, o mesmo direito outorgado a ambos – um recebeu, o outro preferiu rejeitar e buscar a guerra. Um recebeu o pouco que lhe estava sendo dado, creu e se estabeleceu e tem feito o deserto florescer; o outro até hoje guerreia e insufla outros contra aquele povo que tem feito do seu país, um lugar de prosperidade e que jamais será destruído, pois foi o Deus de Israel que assim decidiu.

Em toda a história deste povo, vemos a fidelidade e o cuidado de Deus ao cumprir as Suas promessas. Hoje o Estado de Israel comemora 60 anos, como prova de que o Deus Eterno verdadeiramente tem fortalecido e guiado o povo que escolheu como Seu. O Todo Poderoso continuará cumprindo cada uma das promessas à Nação que é descendência de Abraão, amigo de Deus.

Pra. Ana Tereza Ribeiro de Souza
Administradora da Embaixada Cristã Internacional de Jerusalém