Monday, November 06, 2006

PRINCÍPIOS PARA UMA BOA ESCOLHA

TEXTO: Gen.24 Diariamente somos submetidos a escolhas conscientes e inconscientes em todas as áreas da nossa vida, por isso precisamos de princípios seguros para poder decidir o que é melhor para as nossas vidas. A Bíblia sagrada é o melhor e mais seguro lugar para se buscar princípios para nortear nossos caminhos. A nossa vida emocional é a que mais precisa de orientação, ninguém pode arriscar nas questões do coração, por isso analise com cuidado a história da vida de Isaque em Gênesis 24, iremos meditar um pouco e tirar orientações que nos auxiliarão a aumentar o percentual de acertos em questões do coração. O primeiro princípio que extraímos deste texto é que “as escolhas devem ser feitas dentro do mesmo contexto espiritual”. É objetiva a exigência de Abraão para seu enviado neste negócio importante, não tomarás mulher para meu filho de povos diferentes, a escolha deveria ser feita dentro da própria parentela. A Bíblia diz em Amós 3:3 que não andam juntos duas pessoas que andam em desacordo, agora imagine isso dentro de uma relação afetiva, que tipo de problema pode trazer? A exigência Bíblica de que nossas escolhas fiquem situadas dentro do mesmo nível de fé visa proteger o cristão de dissabores que lhe trarão uma alma angustiada, 2 Cor. 6:14. Quando desobedecemos ao princípio Bíblico de fazer escolhas dentro do mesmo nível de fé colhemos todos os resultados que uma desobediência traz, i.e., conseqüências traumáticas dentro do relacionamento. O segundo princípio é igualmente importante, “temos que fazer provas com Deus a respeito de nossas escolhas”. Eliezer, o mordomo de Abraão, sabia que a sua tarefa era muito difícil por isso submete a sua escolha a uma prova com Deus, mas muito mais do que isso, ele espera a resposta de sua prova. Deus nos conhece melhor que nós mesmos, então é sábio fazer provas com Ele, faço apenas duas ressalvas aqui: a) as provas somente nos ajudam a decidir, elas não decidem por nós; b) as provas não podem ser medíocres, Deus espera um nível mínimo de inteligência de nossa parte. Deus nunca se esquivou diante de provas, Gideão experimentou isso em Juízes capítulo 6. O terceiro princípio é “ter respaldo familiar”. Há muitas pessoas que quando entram em um relacionamento não levam em conta o que a família pensa. Não estou dizendo que faremos como no Antigo Testamento que os pais escolhiam a esposa para os filhos, isto pertence à cultura dos judeus não faz parte da nossa; nem tampouco estou afirmando que a família tem que morrer de amores por quem escolhemos. O que estou querendo dizer, e a Bíblia nos dá respaldo, é que não podemos deixar de lado toda a experiência acumulada de nossos pais. “Há um adágio popular que diz: ‘onde há fumaça há fogo”, sempre que a família, de ambos os lados, começa a fazer considerações a respeito da nossa escolha devemos, no mínimo, parar para analisar os argumentos em questão. O texto que lemos diz que os irmãos e o pai de Rebeca foram receptivos à idéia de que ela casasse com o filho de Abraão, houve respaldo familiar. O quarto princípio de Gênesis é praticamente lógico, “a concordância das partes envolvidas”. Imagine você querer ter relacionamento com uma pessoa que não quer se envolver com você, não dá, não é mesmo? Os pais de Rebeca disseram a Eliezer, o mordomo, perguntemos à moça se ela deseja esse casamento; Rebeca após ouvir a proposta disse sim prontamente, houve concordância, ela aceitou o pedido de casamento. A princípio isso pode parecer muito simples, mas não é quantos hoje acabam conseguindo a anuência do outro mais por insistência do que por desejo da própria pessoa, e depois não conseguem ser feliz porque lá adiante a insistência demonstrada no começo não continua e os anseios que não foram satisfeitos anteriormente voltam a bater à porta. Lembre-se de prestar atenção na vontade das pessoas com quem você se relaciona. O quinto princípio, e que traz um fecho todo especial neste romance, é “Amor”. Como diz o apóstolo Paulo, sem amor somos apenas um sino soando. Qual o sentido nisso? Um sino soar por soar? Pode até ser que o primeiro som seja forte, mas passados alguns minutos o som vai sumindo até não se ouvir mais nada. Assim é um relacionamento sem amor, pode até ser que começou com um fogo tempestuoso da paixão, mas com o tempo somente sobram cinzas e mais nada. Sem amor não há continuísmo de sentimentos. Amor é mais que paixão, mais que sentimentos; amor é uma decisão. Todo sentimento que brota de uma paixão não é duradouro, mas todo sentimento que emana de uma decisão é eterno. Não existe nada que possa justificar um relacionamento afetivo entre duas pessoas além do amor. I Coríntios 13 traz a base do relacionamento duradouro entre duas pessoas, o amor. A Bíblia diz que Isaque levou Rebeca para sua tenda e a amou. Eu não podia imaginar algo melhor para terminar essa ministração do que Gênesis 24:67 : “E, Isaque trouxe-a para a tenda de sua mãe, Sara, e tomou a Rebeca, e foi-lhe por mulher, e, amou-a”.