Saturday, December 24, 2005

GERANDO FIGURAS DE FÉ EM NOSSO CORAÇÃO TEXTO: Gen. 30:37-43 Pr. Antonio Bueno Quando o homem foi criado Deus o colocou no jardim do Éden, e o que estava diante de seus olhos gerava em seu coração sensações e imagens de vitória e nobreza, Adão se sentia especial, único. O que vemos influencia nossa maneira de pensar imagine então como eram poderosos os pensamentos que saltavam dentro do coração de Adão, a vista do Éden era de rara beleza, primícias da criação, não havia nada mais pujante e belo que tudo aquilo que estava diante de seus olhos. Como um pai que procura uma formação especial para que seu filho quando adulto seja um vencedor, assim Deus planejou e fez na vida de Adão e Eva. Mas, houve um momento nesta história, que Satanás, também “expert”em gerar imagens e sentimentos no interior humano, começou a interferir naquela harmonia do Éden, e inseriu dentro deste contexto a figura do pecado através da desobediência de Eva, e depois de Adão; a figura do pecado é muito forte e desde o Éden vem gerando mudanças na mente e comportamento dos seres humanos desde então. De acordo com o texto acima, ovelha gera de acordo com o que é colocado diante dela, isto é, geramos segundo a nossa espécie, o que está dentro de nós é o que sai em forma de palavras, atitudes, forma de pensar e comportamento de vida. PARA ONDE OLHAMOS DEFINE O QUE É GERADO EM NOSSOS CORAÇÕES E CONSTRÓI A NOSSA REALIDADE. 1. Se olharmos para o passado o resultado será esterilidade, basta olhar para Gen. 19:26, a mulher de Ló mesmo advertida que não deveria olhar para trás insistiu em dar uma última olhada e ficou convertida em uma estátua de sal. O sal aqui é simbólico da esterilidade, aquela mulher nunca mais gerou nada, o seu futuro acabou quando ela ficou presa ao passado, e aqui no caso, literalmente ela ficou presa ao passado, acabou a história desta mulher. Esterilidade é o resultado de se olhar para o passado. “Quem vive de passado não constrói futuro”. 2. Se olharmos para as vantagens humanas e materiais haverá perdas e miséria, o texto de Gen. 13:10-11 fala da escolha de Ló, querendo ser “esperto” fez sua escolha de acordo com as vantagens que seus olhos conseguiram enxergar, mas o resultado foi a perda de todos os seus bens, inclusive de sua mulher, e a sua história foi perpetuada de acontecimentos inusitados que lhe trouxeram desgosto ao coração. De que adianta ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma, a cobiça material nos rouba o bem maior, nossa alma. 3. Se voltarmos nossos olhos para o “homem”, i.e., confiarmos em pessoas no lugar de confiarmos em Deus, o resultado será frustração. O texto de Juízes 16: 17-18 conta-nos esta história. Sansão confiou seu segredo espiritual à Dalila, mulher com quem havia casado, e a sua experiência foi a de maior frustração experimentada na vida, ser traído por alguém da família. O olhar do ser humano deve ser posto sobre Deus e não sobre o homem. 4. Se olhamos para o pecado o resultado será morte. No capítulo 3 de Gênesis está a história de Adão e Eva que olharam para a oferta de Satanás, o pecado, e o que conseguiram com isso foi morte espiritual, expulsão do Éden e a perca dos privilégios que tinha. Paulo escrevendo em Romanos 3:23 diz que “o salário do pecado é a morte...” Quando nossa escolha é olhar para o pecado, viver segundo ele, comprometemos nossa história assim como Adão. . GERANDO NOVAS REALIDADES DE FÉ EM NOSSOS CORAÇÕES. A Fé, diz o apóstolo Paulo em Hebreus capítulo 11, é o firme fundamento daquilo que esperamos, e a convicção de fatos que não vemos; se aceitamos Jesus Cristo como Senhor de nossas vidas, devemos entender que há uma nova lei agindo em nós visto que fomos chamados para um novo reino, com um novo Senhor, com novas leis; essas leis são regras de fé, por isso temos de gerar novas realidades dentro de nossa mente e coração através das figuras espirituais que falam desta nova situação de quem está em Cristo. 1. A primeira figura é uma realidade espiritual inquestionável: A cruz de nosso Senhor Jesus. Mt. 27 e 28. Quando olhamos para a cruz é gerada em nossos corações uma realidade até então não experimentada, o Sangue derramado nos permite mudar de plano em nossa espiritualidade; estávamos em um plano de morte e passamos para um plano superior, de vida, vida de Deus em nós. A cruz muda a realidade do nosso futuro, que antes era morte e destruição, agora com a cruz é vida eterna em Cristo. 2. A segunda figura de fé é a descida do Espírito Santo. Atos cap. dois. A manifestação do Espírito Santo de acordo com o livro de Joel 2:28 veio inaugurar uma nova dispensação na vida daquele que crê. Quando essa figura de fé, a descida do Espírito Santo, é gerada em nosso interior a realidade da autoridade e poder espiritual é mudada dentro do nosso coração. 3. A terceira figura de fé está em Ap.21:9-27 na revelação da nova JERUSALÉM. Quando os nossos olhos espirituais se enchem com essa visão Bíblica temos o mesmo efeito espiritual que Adão teve quando abriu os olhos no Jardim do Éden, só que agora dentro de uma nova realidade, temos uma sensação, e é real, que somos especiais. Somente pessoas especiais teen uma promessa desta magnitude, o que Deus faz com isso é mudar a nossa visão de miséria para uma visão de nobreza. Mais que excelência a nobreza é ambiente normal no palácio do rei, portanto a visão de Apocalipse nos chama para mudarmos nosso interior com a visão real que Deus nos dá. Quando novas figuras de fé são adicionadas ao nosso coração realidades são mudadas, porque como vemos o mundo à nossa volta, assim ele agirá em nossas vidas. O que somos é resultado de como vemos as coisas à nossa volta. “Camões” dizia que nunca teremos um ano novo se insistirmos na continuação dos mesmos erros do ano velho; isso implica em dizer que podemos mudar nossas realidades interiores de fé, basta olharmos para as coisas espirituais certas. PARA ONDE VOCÊ ESTÁ OLHANDO.

Tendo uma visão correta

Só poderemos dar uma visão correta para a igreja, se tivermos uma visão correta da igreja. Sem a revelação de Deus fica difícil imaginar que o homem natural compreenda por seus próprios meios as coisas espirituais. A Bíblia traz a revelação que precisamos para compreender a Igreja de Jesus e transmitir com segurança a visão de Deus para seu povo. TENDO UMA VISÃO CORRETA Apocalipse 1: 9-20 I – DA IGREJA Uma Igreja multiforme.v.v. 11,12. Quando João vira-se para ver quem falava com ele, vê “sete castiçais” que neste texto simboliza a igreja. Não é um, mas sete castiçais. Isso nos faz ver a diferença entre Israel e a Igreja. Enquanto que Israel é simbolizado por um castiçal único que tem sete braços, a Igreja é representada por sete castiçais, demonstrando assim que Deus precisa das mais variadas formas de ser da igreja para salvar todos os tipos de pessoas. Os sete castiçais nos revelam a multiforme manifestação da igreja na terra. A Igreja é espiritual. O apóstolo só teve a visão correta da igreja quando foi arrebatado em espírito, até então quem sabe via a igreja, mas com certas limitações. A Igreja não é apenas uma organização ou um organismo, ela é muito mais que isto. A igreja de Jesus é espiritual, portanto para compreendê-la é preciso nascer do Espírito. Ela tem um Senhor.v. 13. Muito embora a igreja esteja simbolizada por sete castiçais, ela não é independente, ela tem um Senhor, Jesus Cristo. Aquele que anda entre os castiçais é o Senhor da Igreja. A unidade da igreja é representada por aquele que se manifesta entre os castiçais, a unidade da igreja, mesmo ela sendo multiforme, é o Senhor Jesus Cristo. II – DO ANJO DA IGREJA.V. 20. A primeira coisa que notamos neste texto é que o anjo da igreja é reconhecido pelo Senhor Jesus, i.e., tem respaldo no mundo espiritual. Às vezes alguns não entendem o pastorado na igreja local, mas a Bíblia dá respaldo a ele. Os significados do pastor na igreja local é dado em dois símbolos: primeiro a “Estrela” nos mostra o aspecto visível do ministério na igreja; e em segundo lugar o “Anjo” , que nos faz ver o aspecto espiritual do sacerdócio pastoral. · Tem representatividade no mundo espiritual. O fato de Jesus ter dado a João esta visão, mostra que a liderança da igreja é reconhecida por Jesus e tem representatividade reconhecida por Ele no mundo espiritual. III – DO SENHOR DA IGREJA.V.V. 13 -16 Quando João vê Jesus, ele o chama de Filho do Homem, trazendo a luz o caráter salvador de Jesus a favor da humanidade. O apóstolo quer dizer nesta visão que ministério de Jesus é todo feito para alcançar aquele que está longe de Deus e restituí-lo à condição de Filho de Deus. As vestimentas de Jesus na visão apocalíptica falam da realeza do Senhor da Igreja, falam do senhorio que Ele exerce sobre nós. Seu aspecto físico nos mostra seu poder sobre a morte, seu senhorio universal sobre todas as coisas criadas. A visão de um Cristo glorificado contradiz com a visão humana de um Deus pendurado na cruz, Ele o foi, sim, mas ressuscitou e assentou-se à direita de Deus e agora governa a igreja com majestade e poder. CONCLUINDO: se queremos ter uma direção, um propósito, devemos olhar para a visão de João no Apocalipse e deixar que a Bíblia revele a si mesma, e diante da revelação de quem é a Igreja, O sacerdócio e o Senhor dela, moldar nossa fé para termos uma visão correta para melhor orientarmos nossas vidas e poder cumprir nosso chamado.