Wednesday, June 25, 2008

UNÇÃO PERDIDA E UNÇÃO RESTAURADA


Lucas 15:11-32
Sempre que estamos na casa do pai a graça está revelada sobre nós, temos abundância de bênçãos sobre nossas vidas, e por tê-las não conseguimos avaliar seu valor, não quantificamos o que temos. O filho pródigo teve que fazer uma viagem pelas trilhas sinuosas da vida para poder entender isso.
Esse texto do filho pródigo nos revela algumas coisas referentes à unção de Deus na vida do cristão, vejamos:
O pecado consome a unção, v. 13. Quando o filho pródigo saiu da casa do seu pai ele levou muito recurso, dinheiro, afinal seu pai havia feito a divisão da herança entre seus filhos. Quando o crente começa a se afastar de Deus ele não percebe quão longe pode estar d’Ele, assim como o pródigo, ele sai da presença de Deus com todas as bênçãos adquiridas com o tempo passado na casa do Pai, e a unção que ele recebeu não acaba da noite para o dia, porque os dons de Deus são sem arrependimentos, essa é a razão de encontrarmos pessoas envolvidas com o pecado e ainda assim manifestando os dons espirituais.
Mas o pecado consome a unção, isso é fato, quanto mais pecamos menos unção temos e isso acontece de uma maneira tão silenciosa que não percebemos, até que não exista mais nada em nós, como aconteceu com o filho pródigo, quando ele quis acordar não tinha mais nada da abundante herança que recebeu. Ao ceder para o pecado não atentamos para o fato de que quanto mais pecado menos unção. Foi assim com Sansão, ele não percebeu que o Espírito Santo havia se retirado dele e quando quis reagir contra seus inimigos não conseguiu e virou escravo perdendo até mesmo a visão. Isso é simbólico, quem perde a unção perde a visão espiritual e vira escravo do inimigo. (Juízes 16:20). O filho pródigo não percebeu quando ficou pobre, assim também acontece com quem perde a unção por causa do pecado, quando cai em si já não tem mais nada.
A falta de unção faz aparecer necessidades espirituais, v.14. A pior situação que passamos é quando confundimos necessidade espiritual com a material, e isso acontece quando temos falta da ação do Espírito Santo em nossas vidas. O filho pródigo não estava sentindo falta somente do dinheiro de seu pai, mas do calor familiar, apenas não tinha consciência disso ainda.
Quando trocamos a unção pelo pecado o coração mendiga. O filho pródigo começou a sentir solidão no meio de muitas pessoas, porque aqueles que se diziam amigos o abandonaram na mesma velocidade em que o dinheiro acabava. Quando o pecado nos domina temos sede de Deus, mas não conseguimos sequer percebê-la. No meio da lama dos porcos que cuidava ele sente necessidades que antes não percebia.
Quando o crente flerta com o pecado e depois se vê dominado por ele, começa a sentir o que não sentia quando estava na casa de seu Pai. Porque na casa do Pai a unção é abundante, e por causa dela as necessidades não existem, Deus supre cada uma em glória através de seu filho Jesus Cristo. Na mesma medida que diminui a unção aparecem necessidades espirituais que não podem ser supridas por estarmos longe de Deus.
A falta de unção nos leva a buscar ajuda de quem não a tem para nos dar, v.15. O filho pródigo tem a humilhação de ser socorrido pelas pessoas consideradas mais indignas pelos judeus, que eram os criadores de porcos. Muitos crentes quando se afastam de Deus fazem alianças com pessoas que outrora não teriam coragem de andar. Muitos reis de Israel, por causa da cegueira espiritual, buscaram ajuda militar até mesmo nos egípcios que os escravizaram por 430 anos.
Perder a unção é um processo e não um ato. A unção se esvai e quando se percebe estamos pedindo socorro a quem não tem socorro para dar. Quem não tem mais a unção de Deus na sua vida perde os princípios que norteiam uma vida de sucesso e começa a achar viáveis caminhos que aos seus olhos parecem justos, mas cujo final são caminhos de morte.
A falta de unção nos faz desejar o que o Diabo tem para oferecer, v.16. A queda do filho pródigo é tão aguda que ele se vê desejoso de comer o que os porcos comem, e aqui os porcos são simbólicos de demônios, então equivale dizer que ele começou a desejar comida de demônios. Quando se perde a unção e o pecado nos domina o nosso desejo passa a ser dominado pela carne, então se começa a desejar o que os demônios gostam, o pecado. Quantos ainda sentem prazer no pecado, porque, afastados de Deus, começamos a sentir prazer no que satisfaz nossos sentidos carnais.
Quando o pecado se instala ele nos transforma em apascentadores de demônio, “baby siter” de espíritos malignos, e o problema é que se você cuidar bem deles, eles não vão querer ir embora.
Mas a graça de Deus é indesistível, v.17. Há um momento em nossas vidas que, mesmo chafurdando na lama do pecado, a graça de Deus se manifesta em nós, porque Deus não tem prazer na desgraça de um filho criado a sua imagem e semelhança.
Não importa quanto pecado foi cometido, ou em que nível de comprometimento você entrou, mas se você é filho e tem saudade da unção a graça de Deus se manifesta. Como é que um pai vai receber um filho nesta condição! Esta era a dúvida do filho pródigo, mas mesmo assim ele resolveu arriscar um retorno aos braços do pai.
Pecamos tanto que perdemos a noção da unção de Deus e vivemos a religiosidade, mas Deus tem algo melhor, Ele não desistiu de você.
Assim como o pai do filho pródigo não desistiu dele, Jesus tem graça que se revela em meio ao pecado para fazer de você o que você era antes, na casa do Pai a unção é restituída.
Então meu querido volte imediatamente para a casa do pai do jeito que você está, porque ele tem perdão e restituição de unção para você. Humilhe-se e reconheça que onde você está não é o desejo do coração de Deus para você.

Tuesday, June 10, 2008

FERIDAS NÃO TRATADAS

I Samuel 13:19-38 Todo trauma instala um sentimento na alma, e nem precisa ser um trauma conosco mesmo, mas com alguém muito próximo; tomamos partido diante do que acontece com aqueles que amamos e isso nos causa aflição. Todo trauma precisa ser tratado e os sentimentos resolvidos, ou então eles evoluirão. TODO TRAUMA PRODUZ UM SENTIMENTO. I Samuel 13:32. Amnon filho de Davi apaixona-se por sua irmã, por parte de seu pai, e resolveu forçá-la a ter relação com ele, mas isso foi um erro porque depois de ter conseguido seu intento ele desprezou sua irmã e a tratou como prostituta, isso causou um sentimento não apenas nela, mas sobretudo em seu irmão Absalão. Há um adágio que diz: “quem bate esquece, mas quem apanha jamais”, parece que essa foi a situação com Absalão no que se refere ao mal que seu irmão Amnon causou a sua irmã, ele esqueceu, Absalão não. Quando terminou a tosquia de ovelhas Absalão resolveu dar uma festa, e convidou seu irmão Amnon que despreocupadamente foi a essa festa selando seu destino. todavia Absalão estava mal intencionado ao convidar seus irmãos a essa festa porque havia decidido matar Amnon pelo mal que havia feito com sua irmã. Essa festa tinha objetivos bem definidos, poderia ser chamada de festa da vingança. Note bem que a vingança é mais sórdida que o erro cometido, a Bíblia diz que um abismo chama outro abismo. O sentimento do coração de Absalão é resultado do trauma sofrido, porque ele sentiu as dores de sua irmã. UM SENTIMENTO NÃO TRATADO PRODUZ UMA ATITUDE. I Samuel 13:28,29. O pecado evolui, um sentimento também. A ferida na alma que não é tratada evolui de um sentimento para um planejamento maligno e deste para a execução no coração de quem tem feridas. A mente humana é ágil para maquinar o mal, Jesus diz que somos mal desde bem pequenos por causa da natureza pecaminosa que está em nós. Em Gênesis lemos que Caim alimentou um sentimento contra seu irmão e como conseqüência esse sentimento evolui para uma atitude e ele assassinou seu irmão. Sentimentos não resolvidos evoluem para atitudes insanas, pecaminosas e diabólicas. UMA ATITUDE NÃO TRATADA EVOLUI PARA UM COMPORTAMENTO. I Samuel 13:34ª. Em Absalão notamos um comportamento nocivo de afastamento da família como conseqüência de uma atitude da qual ele não se arrependeu. Toda atitude pode e deve parar na confissão e arrependimento e a partir daí resolver os conflitos da alma caso contrário um sentimento se instala comprometendo a nossa vida. Toda repetição de uma atitude errada vira comportamento pecaminoso. Absalão afastou-se da família e seu ódio evolui para a usurpação do trono de seu pai e perseguição de sua família. O comportamento não tratado vira uma guerra particular no coração de Absalão. CONCLUINDO. O desfecho dessa história define formas de tratamento para nossa alma ferida. Davi por não corrigir o erro na vida de seu filho Amnon abre portas para um conflito familiar que gera morte na família. Absalão por ver a indolência de seu pai resolve agir por conta própria transformando seus sentimentos em atitudes que por sua vez viraram um padrão de comportamento. Amnon confunde paixão com amor e no desejo de um sentimento desenfreado causa feridas na alma de sua irmã e de seu irmão gerando uma história de tragédias na família. Todas as vezes que dermos vazão aos nossos sentimentos desenfreados, não havendo arrependimento e mudanças de direção iniciarão uma jornada de tragédias que só trarão prejuízos para nós e nossa família. Cuide de seus sentimentos, trate-os com a Palavra de Deus para que eles não evoluam e acabem se transformando em uma coisa incontrolável que destruirá sua vida. Há cura em Cristo.

Monday, June 02, 2008

ENCONTRANDO MINHA SARÇA ARDENTE


Êxodo 3
1. Ora, Moisés estava apascentando o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Midiã; e levou o rebanho
para trás do deserto, e chegou a Horebe, o monte de Deus.
2. E apareceu-lhe o anjo do Senhor em uma chama de fogo do meio duma sarça. Moisés olhou, e eis que
a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia;
3. pelo que disse: Agora me virarei para lá e verei esta maravilha, e por que a sarça não se queima.
4. E vendo o Senhor que ele se virara para ver, chamou-o do meio da sarça, e disse: Moisés, Moisés!
Respondeu ele: Eis-me aqui.
5. Prosseguiu Deus: Não te chegues para cá; tira os sapatos dos pés; porque o lugar em que tu estás é
terra santa.
6. Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó. E
Moisés escondeu o rosto, porque temeu olhar para Deus.


Todos nós temos um momento em que a vida se define em antes e depois. Para Moisés esse evento foi a “sarça ardente” perto de Horebe, o monte de Deus. Moisés entra no deserto como fugitivo de faraó, assassino e com uma sentença de morte sobre a sua cabeça e sai dali como um enviado de Deus para libertar o povo da escravidão no Egito. Como aconteceu essa transição? Que evento poderoso mudou o coração de Moisés?
Sabemos que até aquele dia Moisés tinha uma vida comum, como todos os demais pastores de ovelhas da região, mas a “sarça ardente” definiu um momento especial que dividiu sua história em duas, em antes e depois.
Todos nós como homens e mulheres que conhecem a Deus precisamos da experiência da “sarça ardente”, é impossível ter uma vida significativa sem uma experiência que marque a minha vida em “antes e depois".

Para encontrar minha sarça ardente eu preciso romper com meu passado. Em Êxodo capítulo 2 e versos 18 e 19 as filhas de Reuel dizem que foram ajudadas por um egípcio, mas como! Moisés era judeu. Os anos passados no palácio de faraó mudaram Moisés, na verdade ele era hebreu todavia cresceu dentro de uma cultura egípcia, e isso o influenciou de tal modo que as filhas de Reuel não tiveram dificuldades de identificá-lo como sendo egípcio.
Não adianta ser nascido de novo se meu comportamento ainda é o mesmo de antes da conversão, o que eu faço delata quem eu sou. Podemos até dizer ser cristão, mas se nosso comportamento não é regido por princípios Bíblicos seremos identificados como pessoas que não conhecem a Deus. Demorou apenas um dia para Moisés sair do Egito, mas aproximadamente quarenta anos para arrancar o Egito de Moisés. O processo de transição para uma nova cultura na vida de uma pessoa não parece ser tão simples assim, às vezes nos agarramos tanto ao que fomos no passado que Deus tem dificuldade em nos moldar para uma vida de sucesso. Não há bençãos no Egito, somente escravidão, e se queremos ter uma vida de sucesso como aqueles que andam no centro da vontade de Deus, teremos que romper com o Egito que é simbólico de tudo que é passado em nossas vidas. Não se engane flertar com o Egito instala feridas na alma.
Para encontrar a minha sarça eu preciso atravessar o meu deserto. O deserto não é lugar de punição, mas de purificação de caráter. Atravessá-lo é transicionar uma mente moldada pela escravidão limitadora para a amplidão de uma alma curada que não conhece limites porque está embasada nas promessas de Deus. Moisés entra no deserto ferido na alma pelo orgulho e tudo mais que o Egito havia plantado nele e quarenta anos depois sai dali curado; entra como Egípcio e sai como Hebreu, entra confuso e sai convicto, entra como fugitivo e sai como libertador, entra como solitário e sai com uma família, entra desistido e sai com uma promessa, entra como homem natural e sai como homem sobrenatural escolhido por Deus para fazer a diferença em sua geração.
Há muitas portas de entradas para o deserto, mas só uma de saída, a porta da promessa, da terra prometida. Não importa como e porque você entrou no deserto, mas sim como você vai sair, o que você deve saber é que ali tem uma experiência que vai mudar a sua vida e te direcionar para o centro da vontade de Deus, para o cumprimento da promessa d'Ele mudando sua história. No Egito não tem experiência com Deus, só escravidão, mas depois do deserto existe Horebe, o monte de Deus, e ali a sarça ardente. A minha experiência mais profunda com Deus está além do meu deserto. Não fuja do seu deserto e nem murmure isso só aumentaria sua temporada na terra árida do tratamento de caráter, o que eu falo determina o tamanho do meu deserto.

Para encontrar minha sarça eu preciso arrancar os últimos vestígios de auto-suficiência que se encontra em mim. No capítulo 3, verso 5, Deus chama a atenção de Moisés para o último resquício de auto-suficiência que havia nele, porque com o passar dos anos no deserto cuidando de ovelhas a experiência foi se acumulando e essa habilidade adquirida de certa forma dava segurança para Moisés, e Deus queria um homem totalmente dependente d'Ele em todos os aspectos, porque só assim esse homem conseguiria cumprir a enorme tarefa a ser entregue naquele momento. Quem tem problema de altivez de espírito tem que se cuidar sempre, porque o orgulho é sutil e quando menos se percebe ele se instala na alma.
Deus prova para Moisés que aquela sua confiança era um problema, porque em última análise era uma legalidade para satanás trazer prejuízos à sua missão como libertador do povo de Israel. No capítulo 4, verso 3 Deus pede a Moisés que lance ao chão o cajado que ele tinha na mão e imediatamente ele se transforma em serpente. O que Deus quis dizer com isto? Que aquilo em que Moisés mais confiava para ajudá-lo no deserto e com as ovelhas na verdade poderia se transformar num laço, em um inimigo, uma vez que serpente na Bíblia é simbólico de satanás.
Somente me aproximo da minha sarça abrindo mão de todas as minhas seguranças humanas. Moisés, depois de quarenta anos no deserto, ainda tinha algumas coisas a serem tratadas por Deus. Não tinha mais a confiança no poderio adquirido no Egito, mas desenvolveu uma autoconfiança pelos tempos de experiências e caminhadas pelo deserto. Como é fácil perder o foco, podemos abrir mão do orgulho, mas facilmente o substituímos pela prepotência, simplesmente achamos que por conseguir certo sucesso temos condições de gerenciar nossa vida independentemente de Deus. Quando deus diz: “tire as sandálias dos pés..” Ele está fazendo moisés entender que diante d'Ele não pode existir nenhuma segurança que não seja a d'Ele; tirar a sandália traz a conotação de abrir mão de nossa autoconfiança. Diante da sarça, da experiência que vai mudar a nossa história em antes e depois, não pode existir autoconfiança e sim dependência de Deus, porque Ele é o autor da experiência que mudará a nossa vida.
Em quem ou em quê você confia? Para que tenhamos a experiência da sarça ardente, que mudará em antes e depois a nossa existência, seremos levado ao limite da nossa capacidade humana de autoconfiança até haver o rompimento para que depositemos nossa confiança somente em Deus.
Concluindo: a tua vida terá mais significado quando você experimentar aquele momento particular e íntimo com Deus que poderemos chamar de “sarça ardente”, momento único exclusivo, experiência inquestionável que o tempo não apaga e que nos traz certeza de que a nossa história se dividiu em duas, antes e depois dessa experiência com Deus.
PROCURE A TUA SARÇA ARDENTE. DEUS TE ABENÇÔE.